Ser “campeão de cartas” já foi um título almejado e ostentado por muitos artistas. Os nativos digitais, acostumados a medir o sucesso das celebridades pelos seus milhões de seguidores, podem não acreditar, mas era assim que se determinava o sucesso de alguém na televisão. Hoje, é raro, mas há quem ainda goste de expressar sua admiração em papéis perfumados, com adesivos, desenhos e fotos coladas. A diferença é que as cartas, em sua esmagadora maioria, são uma maneira de expressar amor pelo ídolo. E uma forma de comunicação unilateral. Quatro anos depois da explosão de redes sociais como o Twitter, entre uma gafe e outra, as estrelas aos poucos estão se adaptando ao novo modelo, aprendendo a ouvir desaforos e a se relacionar com seus fãs.
Do elenco de “Rebelde”, na Record, Lua Blanco garante que sabe separar bem a vida pessoal do que escreve para seus mais de 700 mil seguidores no Twitter. Embora seja viciada na ferramenta, ela procura manter ao máximo a discrição. A atriz, que geralmente acessa sua página pelo celular durante as gravações, ainda se impressiona com a rapidez com que os fãs lhe exigem um posicionamento:
— Eles perguntam a primeira vez. Aí, se não respondo, mandam 100, 200 vezes. Ela ainda dá uma atenção especial às cartas que chegam de várias partes do país. E até de fora do Brasil. E não são poucas. A atriz recebe, em média, 400 delas por mês.
— Muita gente ainda senta para escrever. Elas são carinhosas, mandam desenhos, fotos, esmaltes... Outro dia, eu disse que gostava do Coldplay e me mandaram uma blusa deles — impressiona-se ela, que jura guardar absolutamente tudo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário